Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um termo que tem sido usado por muitos profissionais para descrever crianças que apresentam dificuldades na interação social, no brincar e na comunicação.
TEA não é um termo médico. Mas é uma maneira prática de descrever um grupo grande e variado de crianças com semelhanças na sua maneira de processar as informações e entender o mundo.
Na linguagem médica o autismo enquadra-se como “Transtornos Globais do Desenvolvimento” (CID F84) onde estão subdivididos diversos transtornos e alguns tipos de autismo.
Você pode ter ouvido os termos Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Autismo, Síndrome de Asperger, Hiperlexia, Autismo Infantil, Síndrome de Rett, Autismo Atípico e Transtorno Semântico-Pragmático, todos associados aos TEA. Independente do diagnóstico dado a uma criança lembre-se primeiro e principalmente de que cada criança é um indivíduo único, com seus próprios talentos e desafios.
Os rótulos podem ser amedrontadores. Mas o rótulo de TEA pode ajudá-lo a ter acesso a informações e serviços adequados para a criança. Reconhecer as necessidades especiais da criança é o primeiro passo para ajudá-la a se desenvolver e melhorar.
Características
Transtornos do Espectro do Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que normalmente surge nos primeiros três anos de vida da criança. Estimativas atuais mostram que o TEA, abrangendo todos os diagnósticos do espectro, afeta aproximadamente 1 a cada 68 pessoas, isso nas estatísticas mais recentes. É mais comum em meninos do que em meninas, por isso tem como símbolo a cor azul e o termo “mundo azul”.
O TEA atinge principalmente a comunicação, a interação social, a imaginação e o comportamento. Não é algo que pode ser contraído ou transmitido por contato. Estudos científicos avançados e publicados por Dr. Alysson Muotri (biólogo brasileiro, PHD, pesquisador do Instituto Salk para Estudos Biológicos, em La Jolla, San Diego), convergem no sentido do Autismo ser desenvolvido desde o útero da mãe e possui fatores por questões genéticas ainda em processo de investigação avançada. Ainda não se tem notícias sobre a causa específica do que acarreta o autismo e por isso não se tem a fórmula da cura. Contudo, todas as pessoas, especialmente crianças com TEA que são estimuladas e postas em mediação adequada, continuam a demonstrar progresso no desenvolvimento e melhora no prognóstico. Há muito que pode ser feito para ajudá-las e o mais importante dos ingredientes é o amor e a intervenção adequada mais precoce possível.
Para seu conhecimento:
• Não há padrão fixo para a forma na qual o TEA se manifesta.
• Em geral, os sintomas tornam-se evidentes gradativamente.
• Os sintomas específicos variam bastante. Muitas crianças podem não apresentar todos os sintomas até hoje identificados bem como, a apresentação isolada de algum desses sintomas não caracterizam o TEA.
• A gravidade dos sintomas varia. Por exemplo, algumas crianças podem evitar quase completamente o contato visual, enquanto outras podem ter apenas dificuldades sutis, sensoriais graves ou não e assim por diante.
• Muitos dos comportamentos associados ao TEA podem ser consequência de outros problemas; por exemplo evitar o contato visual pode ser devido à ansiedade; a falta de boa interação com outras crianças talvez seja apenas timidez; o atraso no desenvolvimento da linguagem pode ser causado por dificuldades auditivas resultantes de várias infecções do ouvido, por isso é importante avaliar com profissional habilitado.
Diagnóstico:
O TEA pode ser detectado no nascimento?
O TEA é uma condição que apesar de possível ser suspeitado em bebês, não pode ser detectada no nascimento. Bebês com TEA não possuem qualquer diferença física dos demais. Não existem características óbvias e nem exames de sangue para detectar a condição.
Quando e como pode ser diagnosticado o TEA?
Em qualquer época da vida havendo suspeita, o indivíduo deverá ser submetido a avaliação multidisciplinar por profissionais especializados como Neurologista, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional e Fonoaudiólogo.
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